Seriados fazem crossovers há tempos: vez ou outra, personagens de programas diferentes participam de outros. O objetivo, geralmente, é divulgar ou alavancar a audiência de um produto televisivo. Basta lembrarmos as diferentes “Law & Order” ou “CSI” que volta e meia tinham tramas que se cruzavam. A partir de 2008, o Marvel Studios tornou a prática popular no cinema. Fórmula que deu certo e gera bilhões à empresa.
Semana passada foi ao ar, nos EUA, o mega encontro entre “Supergirl”, “The Flash”, “Arrow” e “Legends of Tomorrow”. É a primeira grande reunião de personagens da editora DC Comics em produções live action (com atores de verdade). “Liga da Justiça”, o filme, só estreia no fim de 2017. “Batman V. Superman: A Origem da Justiça” reuniu o Homem de Aço, Cavaleiro das Trevas e a Princesa Amazona em março.
Os episódios não pouparam referências que alegraram os fãs. Chance de ver, juntos, Supergirl, Flash, Arqueiro-Verde, Canário Branco, Nuclear, Eléktron, Onda Térmica, Vixen, entre outros. Lutando contra os alienígenas Dominions. Trata-se da adaptação da minissérie em três partes publicada em 1989. Quando os aliens chegam a Terra para fazer experiências e algo mais. E só uma coalizão super-heroica pode salvar a humanidade.
Limitações de roteiro à parte, é bem legal ver a Supergirl integrada aos demais colegas. Ainda que sua série seja de outro “universo” – são Terras paralelas, lembram? – e ficar a impressão que ela poderia ter participado mais da trama. Mas não faltaram referências: de “Star Wars” e “O Mágico de Oz” aos “Superamigos”. O novo hangar dos Laboratórios Star é igualzinho à Sala da Justiça do famoso desenho animado. Referência que fez escorrer uma lágrima, confesso.
Também emocionou o capítulo destinado ao Arqueiro-Verde: o terceiro do crossover e centésimo no seriado. Que trouxe à tona várias figuras importantes na construção do vigilante de Star City durante suas cinco temporadas. A história, que mostra o protagonista prisioneiro de um sonho onde vive a “vida ideal” que poderia ter, remete diretamente ao clássico “Para o Homem que Tem Tudo”, do Superman nos gibis. Já adaptada na animação “Liga da Justiça Sem Limites”.
Mesmo que exista quem reclame das doses cavalares de romance, as quatro séries da CW voltadas aos heróis da DC proporcionam reflexões sobre o formato da família, diversidade, sexualidade, etc. Entretém e levam aos fãs a diversão que eles esperam ver, quem sabe, nas telonas. Enquanto a Warner constrói o universo expandido da editora a passos vagarosos, no cinema, a divisão televisiva do estúdio nos compensa.
Por aqui, “Invasão” será exibido em dois dias: o episódio da Última Filha de Krypton em 14 de dezembro. No dia seguinte, o especial de três horas com os demais. No Warner Channel.
PS: A respeito da Warner, é preciso ressaltar a atitude louvável da distribuidora no Brasil, que adiou o lançamento de “Sully” em virtude da tragédia com o avião que vitimou 71 pessoas essa semana.
EM RELAÇÃO DA WARNER BRASIL CONTINUAR APRESENTANDO ARROW COM A 7º TEMPORADA EM SEU 14º PARA O 15º EPISÓDEO PARA FRENTE , QUANDO SERA A TRANSMIÇÃO NA WARNER BROSS CHENNAL BRASIL ESTE ANO E HÁ QUE MÊS ?