Enquanto a turma do “oba-oba” ensaia a fanfarra e se fantasia, já no picadeiro, o meio e o ambiente se deterioram sob as mãos ágeis dos donos do circo.
Legisladores crescem em número e decrescem em grau… Degrau por degrau, na escala da moralidade.
Leis específicas complementam as generalidades da “Carta” que não é de “Caminha”, mas quase de corso, por onde a realidade retrograda e se degrada a olhos vesgos.
Deflora-se a flora, comercia-se a fauna e os faunos só vêem a fartura nas contas bancárias.
Holofotes brilham sobre toda a pantomima armada e bem orquestrada.
Florestas desaparecem em passes de mágica, ao som de dólares e de euros recontados, para transbordarem em rios de moeda corrente que deságuam em cachoeira e em muitas “cascatas”.
Nas cidades, as árvores são abatidas em nome do progresso…de alguns ou deixadas indefesas aos ataques de outros parasitas.
Poluem-se as águas, como medida de redução de custos em obras públicas e em privadas.
Nem todos os esgotos são clandestinos…
No meio dessa descarga de infâmias democráticas, os impostos se multiplicam, os resultados não se aplicam e cabe ao povo fazer planos para cuidar da própria saúde ou prover a própria segurança…Privada!
O concreto se alevanta, os abstratos crescem em número e gênero…
A verdadeira história, escrita em tretas, mutretas e falcatruas mil, ganha invisibilidade em nossa ausência de memória e na delebilidade das tintas.
Em nome do passado, economiza-se borracha e dispensam-se os corretivos…
O país submerge e navega sem destino…Via “emissários”, às vezes clandestinos.