
“A Alegria”, segundo filme dirigido por de Felipe Bragança e Marina Meliande, foi incluído na Quinzena dos Realizadores, evento paralelo ao Festival de Cannes que acontece entre 13 e 23 de maio na França.
O filme mostra um verão muito quente e decisivo na vida de Luiza, uma menina de 16 anos que mora no bairro do Catete, no Rio. Após receber a missão de cuidar de seu primo João, atingido por um tiro no pé na Baixada Fluminense, ela se vê às voltas com um novo amor e as utopias de seus amigos, decidindo fazer da alegria um lema de vida. Entre os temas abordados pelo filme, estão a cultura dos blogs, a relação dos jovens de hoje com os movimentos políticos e a prática da alegria e do prazer como reação à nostalgia.
Os dois diretores têm 29 anos e já haviam dirigido juntos o longa em digital “A Fuga da Mulher Gorila”, premiado no Festival de Tiradentes de 2009.
Bragança é parceiro artístico de Karim Ainouz – trabalhou como diretor assistente e roteirista de “O Céu de Suely”, roteirista da série “Alice” (HBO) e escreveu o roteiro do novo filme de Katim, “Sunlit Berlin”. Também é coescreveu “No Meu Lugar”, de Eduardo Valente, exibido em Cannes no ano passado.
Marina estudou direção e montagem em Les Fresnoy, na França, e realizou curtas e médias-metragens.
A presença brasileira em Cannes neste ano, na seleção oficial, conta com o longa coletivo “Cinco Vezes Favela – Agora por Nós Mesmos”, coordenado por Cacá Diegues; o curta “A Distração de Ivan”, de Cavi Borges e Gustavo Melo, na Semana da Crítica; e o longa “A Alegria” na Quinzena.
A Quinzena dos Realizadores apresentou uma seleção de tendência oposta à da programação oficial, com poucos filmes asiáticos e muitos filmes latino-americanos –fora a produção brasileira, há dois filmes mexicanos e um uruguaio.